Família denuncia cobrança de R$ 110 mil para internar pai com covid em UTI de MT

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Por muito pouco a família do comerciante Pedro Soares de Andrade, 64 anos, não conseguiu os R$ 110 mil cobrados pelo Santa Rita Hospital e Maternidade, em Alta Floresta (803 km de Cuiabá), para interná-lo num leito de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para tratar a covid-19 diagnosticada há 4 dias.

A filha Alexandra Aparecida Andrade, que está em busca de uma vaga para o pai, contou que o hospital cobrou 10 mil apenas para reservar o leito e mais 5 diárias antecipadas de R$ 20 mil cada. E todo esse valor teria que ser pago à vista.

Alexandra até se dispôs a conseguir inicialmente metade do valor, mesmo sendo “absurdamente” caro, para garantir o atendimento do pai, porém, a negociação não foi aceita pela unidade.

“Pode ser pobre, pode ser rico, não tem classe, são esses valores para você acomodar o seu ente querido. Você paga isso”, revelou ela sobre a conversa que teve no hospital de Alta Floresta.

O comerciante foi diagnosticada com covid na segunda-feira (29) e desde então o quadro vem se agravando, com os pulmões comprometidos e a saturação em 80%.

Em estado grave, ele precisou ser intubado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Colíder (650 km ao Norte), município onde mora, e aguarda transferência para uma UTI possivelmente de um hospital em Manaus-AM, que está sendo regulado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT).

Outro Lado – O Santa Rita Hospital e Maternidade emitiu nota em que esclarece que “os valores praticados de orçamento levam em consideração os custos operacionais, sendo que o agravamento da pandemia causou um superfaturamento de todos os insumos utilizados…”

Fonte: Repórter MT