Gustavo Oliveira, presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), defende em entrevista ao Conexão Poder, a necessidade de flexibilizar medidas de isolamento, referentes à prevenção ao Coronavírus, sob risco das pessoas não enfrentarem problemas de saúde, mas enfrentarem falta de empregos e ficarem sem dinheiro até para comprar comida em Mato Grosso.
“Tem que ter a priorização que a saúde requer nesse momento, mas a noção de que o Brasil não suporta o fechamento muito longo de muitas cadeias importantes. Isso tende a gerar desemprego, tende a gerar um problema social muito maior e as pessoas ao invés de sofrerem problemas de saúde vão sofrer problemas estruturais na vida como perda de casa, perda de capacidade de compra e até mesmo redução da alimentação por falta de recurso financeiro”, observou.
Sobre a flexibilização necessária, o presidente argumenta que não basta a liberação do funcionamento das indústrias, mas é preciso ter funcionando toda uma cadeia de serviços que abastece essas indústrias; um exemplo mínimo é a manutenção, como a de ar-condicionado, transporte público e energia elétrica.
“É monitorar, a situação é excepcional. A gente não sabe se as medidas são eficientes, se precisaremos de medidas adicionais, me parece que sim. Vamos ajustando dia a dia e semana a semana e o que eu acho que é preciso para evitar o colapso em Mato Grosso é que o fechamento ele seja orientado pelas autoridades de saúde, mas não com opinião exclusiva das autoridades de saúde. Há de se buscar o balanço”, destacou.
Ainda sobre as necessidades das indústrias está a flexibilização de horários de trabalho para evitar aglomeração em refeitórios e transporte oferecido pelas indústrias.
O presidente pondera que o cuidado com o isolamento das pessoas em grupos de risco precisa ser mantido.
Fonte: Repórter MT