Após os Ministério Público Federal (MPF) e Estadual (MPE) apresentarem parecer em que se manifestaram contrários ao acordo firmado com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, o Governo de Mato Grosso apresentou documento em que defende a retomada da obra que está paralisada desde dezembro de 2014. De acordo com determinação do juiz Ciro José de Andrade Arapiraca, o documento foi protocolado na 1º Vara Federal em Mato Grosso.
O MPF e MPE questionam que os valores firmados no acordo para conclusão da obra não batem com o apontando pela empresa de consultoria KPMG – contratada em 2015 pelo Governo, no valor de mais de R$ 3 milhões, para fazer um estudo sobre o modal.
O MPF e MPE sustentam que a conclusão do modal custaria R$ 600 milhões, de acordo com relatório da KPMG e que a obra levaria 19 meses e não 24, como indica o acordo entre o Governo e o Consórcio.
Já o Governo do Estado afirma que o relatório da empresa apontou a necessidade de investir R$ 922 milhões. Até dezembro de 2014, quando a obra foi paralisada, o Executivo estadual pagou R$ 1,06 bilhão.
“Respondemos todos os itens questionados pelos Ministérios Públicos. Estamos confiantes, de que a nossa resposta vai nos aproximar de um entendimento com os órgãos. Nós precisamos retomar essa obra. O Estado já investiu mais de R$ 1 bilhão no VLT, gasta mais de R$ 16 milhões com essa obra parada. Não é possível que vamos continuar assistindo isso, a dilapidação do patrimônio público”, disse o secretário de Estado de Cidades Wilson Santos.