Juíza do TJ de MT tem nome indicado a Bolsonaro para o STF

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O Movimento Nacional “Virada Feminina” indicou ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o nome da juíza Amini Haddad Campos, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, para ocupar a vaga do ministro decano do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, que participou da sua última sessão no STF nesta quinta-feira (1).

O documento de apoio à magistrada mato-grossense foi assinado na quarta-feira (30) pela presidente do Movimento, Marta Lívia Suplicy, que também preside a Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil (Libra). Marco Aurélio Mello deixa o STF no próximo dia 12 de julho, após 31 anos como ministro.

Na carta endereçada ao Palácio do Planalto, o movimento nacional Virada Feminina destaca o currículo de Amini Haddad, sobretudo o trabalho no combate à violência contra a mulher.

“Somos sabedoras do compromisso de Vossa Excelência com a meritocracia, a honradez e a probidade. Sob esse manto virtuoso e currículo destacado, o referido nome vem cumprir todas as qualidades imprescindíveis, além de ser um nome independente (sem vínculo ou parentesco político) e comprometido, desde 1999, com o combate à violência contra a mulher”, diz trecho do documento.

Amini Haddad comentou a indicação na sua página nas redes sociais. Além de agradecer o gesto de Marta Suplicy, ela se compromete a atuar sempre “, na academia e na comunidade, com zelo, dedicação, competência e amor, independente de onde eu esteja”. A magistrada é professora do curso de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Também nas redes sociais, a indicação logo ganhou apoio de autoridades políticas mato-grossense. O vereador por Cuiabá Diego Guimarães (Cidadania) postou: “Amini é uma mulher cuiabana de fibra, muito respeitada pela seriedade na execução dos seus trabalhos e plenamente capaz de assumir ao cargo de ministra no STF”.  A  deputada federal Rosa Neide (PT) também defendeu a indicação.

Outro nome da Justiça mato-grossense já indicado para a vaga é o do  Mirko Vicenzo Giannott. Ele foi indicado ao cargo pela Associação Nacional dos Magistrados Estaduais (Anamages), que reúne mais de 1,2 mil juízes.

Mirko Vincenzo Giannotte é conselheiro representante de Mato Grosso no Conselho Deliberativo da Anamages e vice-presidente eleito por dois triênios seguidos para os Assuntos Legislativos da associação.

Ao se despedir na sessão desta quinta-feira no STF, no entanto, Marco Aurélio manifestou torcida pela indicação do advogado-geral da União, André Mendonça, que estava presente durante as homenagens. Augusto Aras, procurador-geral da República, também está entre os cotados. A indicação de Bolsonaro deve passar pela aprovação do Senado.