Chapada dos Guimarães, Jaciara, Poconé, Cáceres, Barão de Melgaço, Nobres, Campo Novo do Parecis e Alta Floresta são algumas das cidades mato-grossenses com atrativos turísticos que poderão ser potencializados com a maior oferta de mão de obra para a atividade. Segundo o Ministério do Turismo, a definição da oferta de vagas de qualificação no MedioTec levou em conta a demanda apresentada pelos estados e a capacidade de atendimento do programa.
Na avaliação do presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em Mato Grosso, Joari Proença da Cruz, a atividade turística regional avançou nos últimos anos, mas ainda há muitos obstáculos a serem superados. Ele afirma que o setor precisa não só de qualificação profissional, mas também de organização, com cada um fazendo a sua parte para consolidar o turismo como uma nova atividade econômica no Estado.
“O governo precisa cumprir suas obrigações na área de infraestrutura e normatizar algumas regras no setor. Sem isso, e diante desta crise, os empresários ficam receosos em investir no seu negócio e não avançamos nesta atividade”, avalia.
Cruz também cita a falta de interesse do trabalhadores mato-grossenses em se qualificar. “Fazemos cursos e treinamentos na Abav, mas a procura é pequena e muitos funcionários ainda resistem em se qualificar, o que desanima o empresário”, desabafa, dizendo que este é um dos principais gargalos que o trade turístico precisa superar.
Já o turismólogo da prefeitura de Rosário Oeste, Uller Roma, que também possui um hotel e uma agência de viagens em Nobres, afirma que Mato Grosso não é um Estado com turismo forte e que falta muita coisa, desde infraestrutura básica até mão de obra.
“Em Cuiabá, por exemplo, as empresas treinam os funcionários como recepcionistas, camareiras, mas os treinamentos se restringem às atividades que desempenham. Precisa ir além, levar os funcionários para conhecer os pontos turísticos, para que eles mesmos possam indicar”.