Mauro Mendes estuda substituir VLT por outro modal

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O governador Mauro Mendes (DEM) admitiu que estuda a possibilidade substituir o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) – obra prevista para a Copa do Mundo de 2014 – por um outro modal de transporte.

A troca é analisada, segundo ele, especialmente em função do subsídio milionário que o Estado terá que arcar caso opte por manter a passagem de R$ 3,85, tal como praticada no transporte público da Capital.

“Uma das alternativas que está sendo estudada nesse momento é converter o VLT para outro modal, fazer outra solução que possa ser mais barata e menos custosa, não só na sua implantação, quanto na sua operação”, disse.“Estudos preliminares mostram que, para manter a tarifa atual hoje de ônibus, além de o cidadão pagar R$ 3,85, o Estado teria que desembolsar em torno de R$ 60 milhões a R$ 80 milhões ao ano como subsídio para esse transporte coletivo”, acrescentou.

As declarações foram dadas durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Record, nesta segunda-feira (15).

Na ocasião, o governador afirmou que o Estado não tem condições de arcar com esse montante, já que enfrenta dificuldades para honrar pagamentos básicos, como com seus fornecedores, por exemplo.

“Como vou dizer que tem dinheiro para inventar uma despesa nova para fazer um subsídio para um transporte coletivo na cidade de Cuiabá? O Governo é dos cuiabanos, dos várzea-grandenses, mas tem que olhar para todo o Estado, incluindo aí os demais 139 municípios que não seriam atingidos pelo VLT”, justificou.

Mendes citou ainda o exemplo do VLT do Rio de Janeiro, que se mostra inviável e que está com operação “em risco”.

“Temos visto estados como o Rio que adotou o VLT e corre o risco de parar porque a Prefeitura não está aguentando arcar com o subsídio e está faltando passageiro no VLT. Se no Rio falta passageiro, imagina aqui em Cuiabá”, comparou.

Prazo de um ano

Ainda durante a entrevista, Mendes reiterou que, conforme dito em sua campanha eleitoral, apresentará ainda neste ano uma solução para a obra.

“Pedimos, no período eleitoral, um prazo de até um ano para estudarmos com profundidade esse assunto. Não é uma solução simples. Mato Grosso precisa de quase R$ 1 bilhão para terminar essa obra. Temos hoje quase 500 obras paralisadas em todo Estado, por falta de pagamento. Teremos que adotar algumas prioridades”, disse.

“Estamos também entendendo o imbróglio jurídico que foi criado. Existem três ações na justiça contra o consórcio. Estamos fazendo reuniões nesse sentido e iremos apresentar solução para esse problema”, concluiu.

Fonte: Midianews