Movimento Negro faz manifestação de repúdio a racismo em loja

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Movimentos sociais negros fizeram um ato de manifestação de repúdio ao episódio de racismo vivenciado pelo servidor público federal Paulo Henrique Arifa dos Santos, de 38 anos, ocorrido no dia 9 de junho. Ele tinha sido acusado de furto por funcionários da loja Studio Z, após comprar um par de sapatos no estabelecimento. Foi abordado em seguida por seguranças do Pantanal Shopping.

A manifestação se concentrou em frente ao shopping e depois percorreu os corredores do estabelecimento. Os manifestantes seguravam cartazes e gritavam palavras de ordem de dentro do shopping, como “vidas negras importam” e “eu comprei o sapato, não mereço ser enquadrado”, fazendo referência ao episódio vivenciado pelo servidor. O ato foi até a frente da Studio Z para demarcar posição

“Nossa sociedade tem uma dívida histórica com os negros daqui e precisa pagar por isso, respeitando-os e dando oportunidades, e não política de aprisionamento e encarceramento e de violência contra a nossa gente preta”, disse a vereadora Edna Sampaio (PT), que participou da manifestação.

 Abordagem

Paulo foi à loja Studio Z, que vende calçados e funciona no estilo outlet. Entrou na loja e não foi abordado por nenhum vendedor. Viu o sapato que queria comprar, provou, deu certo e foi direto ao caixa pagar o produto no valor de R$ 79,99. Após o pagamento, a vendedora perguntou se preciava de sacola, e ele disse que não. A funcionária tirou o dispositivo de segurança e ele calçou ali mesmo.

Em seguida, foi a outra loja para comprar roupas. Ao sair do provador, Paulo se deparou com cerca de cinco seguranças e uma vendedora da Studio Z, que apontou para o servidor falando que ele tinha pegado os sapatos e, em seguida, foi abordado pelos seguranças do próprio shopping.

Veja o Vídeo:

Pantanal Shopping e Studio Z se manifestaram por meio de notas divulgadas a imprensa. O centro comercial disse que “não tolera nenhuma forma de discriminação ou violência e que o tratamento narrado não faz parte das diretrizes da empresa”, afastou os seguranças e irá reforçar o treinamento com a equipe para que esses casos não voltem a se repetir. Já a loja de calçados lamentou o episódio, garantiu que está tratando com as partes e repudia qualquer tipo de de preconceito e discriminação racial, física e social.

Com informações do Site RDNews