O presidente do Conselho Regional de Enfermagem (Coren/MT), Antônio Cesar, afirmou que as características do suposto enfermeiro que teria estuprado uma paciente no Hospital Municipal de Cuiabá (HMC), não batem com as características dos plantonistas.
Exame de de corpo de delito, feito pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec), já confirmou lesões por violência sexual.
Segundo Antônio Cesar, a vítima relatou que o suposto estuprador era negro e vestia roupas verdes. Ocorre que, todos os plantonistas vestiam roupas brancas e havia apenas dois homens, um enfermeiro e o médico, ambos brancos.
“A equipe de enfermagem daquele plantão só tinha um homem, que era o enfermeiro. A paciente fala que foi um homem negro, que estava vestindo roupas verdes. O setor de UTI em que ela estava internada, todos estavam com roupas brancas e o enfermeiro não é negro”, disse.
Uma equipe do Coren acompanha as investigações e se comprovado que era um enfermeiro, ele responderá pelo crime.
“Já fez o corpo de delito que confirmou lesões por violência sexual. O Coren vai investigar, se é que tenha certeza de que se trata realmente de um profissional de enfermagem. Em se tratando, instauramos processo ético e vamos fazer a apuração dos fatos. É uma falta gravíssima, com agravante de que a paciente estava vulnerável e sedada”, afirmou.
Ele também lamentou que o estupro logo foi atribuído a um enfermeiro, mesmo tendo um médico homem de plantão, “como se isso fosse próprio da categoria”. Para o presidente, a classe merece o benefício da dúvida, em razão de ser uma das que mais perdeu profissionais no combate à pandemia de covid-19 em Mato Grosso.
A paciente estava internada para tratar de um infarto agudo do miocárdio, que impede o fluxo sanguíneo de chegar até o coração.
No local, existem câmeras de segurança que deverão ajudar a identificar o estuprador. As imagens poderão ser solicitadas pelo conselho de classe caso confirmado a autoria de profissional da enfermagem.
Fonte: Repórter MT