Thaís Águila e Vanda Helena da Silva são duas servidoras públicas que sempre se preocupam em dar sua contribuição extra ao Estado e à sociedade. Duas mulheres que administram a vida familiar e profissional com maestria e que, a sua maneira, fazem um pouco mais do que a função que ocupam exige.
Há sete anos funcionária pública, Thais Águila é diretora Executiva da Fundação Nova Chance (Funac), ajudando os reeducandos do Sistema Penitenciário a resgatarem sua dignidade e autoestima com a reinserção no mercado de trabalho.
A forma que ela encontrou para ajudar essas pessoas foi divulgando as atividades e ampliando o acesso e o conhecimento da população sobre o trabalho que a Fundação desenvolve, além de conscientizar a Sociedade Civil Organizada sobre a necessidade do engajamento e a aceitação dos reeducandos na vida em sociedade.
Ela desenvolve o projeto Portfólio Fundação Nova Chance, que busca promover e divulgar o trabalho e os objetivos do órgão, ampliando sua esfera de atuação. O projeto é fruto do curso Academia de Novos Líderes ofertado pela Secretaria de Planejamento e Gestão, por meio da Escola de Governo.
Thaís lembra histórias de reeducandos que resgataram sua dignidade com a ajuda da Fundação e que se sente fazendo o mínimo. Ela espera que sua iniciativa incentive outras mulheres e servidoras públicas a terem este tipo de conduta, de trabalhar pensando no próximo.
“Como mulher eu espero incentivar outras servidoras a terem este tipo de iniciativa. Nosso trabalho aqui faz toda a diferença. Temos conseguido tocar essas pessoas, principalmente outras mulheres, para que mudem a direção de suas vidas e entendam que aquilo que fizeram no passado ficou para trás e que agora têm uma nova chance”.Questionada se seus esforços têm valido a pena, ela não hesita. “Você olhar para as pessoas e ver que aquele mínimo que você faz pode mudar a vida dela e de sua família, que ela pode realmente viver em sociedade sem sofrer preconceito, não tem preço. A gente se sente realizada”.
Somente nos últimos dois anos a Funac ajudou a reinserir no mercado de trabalho 1.158 pessoas e a qualificar outras 356. O objetivo agora é que com a criação do Portfólio da entidade, esses números aumentem.
A Funac trabalha com o objetivo de reinserção social de pessoas que estão em privação de liberdade, além de auxiliá-las na recuperação e na assistência familiar. As ações são voltadas à melhoria das condições de vida dos assistidos por meio da elevação social, moral, física e familiar, preparando e mostrando aos assistidos formas de contribuições para o desenvolvimento.
Ética para os servidores
Já Vanda Helena da Silva é servidora há 30 anos e atualmente é presidente do Conselho de Ética do Estado. Ela encontrou uma forma de ajudar outros servidoras na internalização da conduta ética que cada um deve ter dentro da administração.
Ao finalizar o curso Academia de Novos Líderes ela desenvolveu, juntamente com outra servidora da Casa Civil, Juliana Fernanda Gonçalves, o projeto Guardiões da Ética, que consiste em utilizar a metodologia do teatro nas capacitações.
“Eu trabalhei muitos anos atendendo ao público e entendo que o servidor precisa estar consciente do seu trabalho, da sua conduta e da sua postura para que o serviço prestado seja de boa qualidade”.Viúva e mãe de dois filhos, ela diz se sentir realizada com seu trabalho. “Eu sempre digo que nós precisamos ser a mudança que queremos ver no mundo, então o que aprendi quero compartilhar”. Sempre tive muito orgulho em fazer a diferença na vida das pessoas e de servidora pública”.
Tendo isso quase que como lema de vida, após ser aluna da Academia decidiu tornar-se instrutora no curso, onde leciona o módulo de Ética no Serviço Público como voluntária. “Quando decidimos ser servidor público, decidimos servir o outro. Então acredito que devemos trabalhar e fazer a diferença dentro daquilo que a lei nos permite fazer, sempre de forma muito responsável”.
Servidora diferenciada na administração pública ela acredita que ser mulher é viver o amor em todas as suas dimensões e ser servidora pública é viver o amor ao próximo. “A mulher tem um dom e ela deve colocar isso em prática, não só na vida pessoal, mas também na profissional, principalmente quando ela está na administração pública”.
O Conselho de Ética atua de forma educativa, preventiva, normativa, monitorizadora e com o devido processo legal caso nenhuma das outras formas tenha surtido resultado, sempre de maneira sigilosa.
Academia
A Academia de Novos Líderes capacita servidores de carreira para exercerem cargos de liderança no executivo estadual. O projeto inovador faz parte da agenda permanente do Governo. O curso tem duração de cerca de um ano e está em sua terceira turma, já tendo qualificado 59 servidores, sendo que deste total 39 são mulheres.