Novo lote de vacinas não tem previsão para chegar em Mato Grosso

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Mato Grosso pode levar até um ano para conseguir imunizar toda a população contra a covid-19 devido à escassez de insumos no Brasil para produzir tanto a CoronaVac quanto a vacina de Oxford.

Essa avaliação já é feita por vários governadores do país. Em Minas Gerais, por exemplo, o governador Romeu Zema (Novo) já avisou aos prefeitos que o ritmo da campanha vai depender da disponibilidade de vacinas, podendo ocasionar, segundo ele, “um processo longo, talvez maior do que assistimos no início da pandemia até este momento”.

Apesar de ter recebido 126 mil doses da vacina chinesa, em Mato Grosso a situação não deve ser diferente. Só para se ter ideia, durante a distribuição aos municípios do estado, teve cidade que recebeu apenas 128 doses, o que é o suficiente para imunizar apenas 64 pessoas, já que a vacina é tomada em duas etapas, com um espaçamento de 21 dias.

Otimista, o governador Mauro Mendes (DEM) declarou durante a abertura do plano de imunização, que o Governo Federal deve enviar o próximo lote até o fim deste mês, porém, se trata de uma possibilidade cheia de esperança e não de uma informação oficial.

As 2 milhões de doses da vacina de Oxford, compradas da Índia, ainda não tem previsão para chegar ao Brasil e, para complicar ainda mais, os países ricos, chamados de “peso-pesado”, têm conseguido, de alguma forma, dominar a compra das vacinas e insumos que, pasmem, também são vendidos pela China, país com ‘relações estremecidas’ com o Brasil.

Enquanto isso, nosso país segue a passos lentos nesse caminho.

O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Carlos Lula, acredita que o primeiro lote deve se esgotar ainda esta semana.

O Ministério da Saúde afirmou que um lote da vacina de Oxford chegaria ao país esta semana, porém, depois da negativa da Índia, que está dando prioridade a outros países, como os de fronteira, por exemplo, tudo se tornou incerto e sem data oficial para que esse reforço chegue.

Junto do impasse, também está comprometida a produção da vacina de Oxford pela Fiocruz, uma vez que o princípio ativo do imunizante também não tem data para chegar.

No caso da CoronaVac, o Instituto Butantan tem insumos para produzir mais 4,8 milhões de doses, porém, já avisa que vai precisar de mais e aguarda liberação do governo chinês para que a Sinovac envie o princípio ativo.

Caso consiga a autorização e o insumo chegue logo ao país, o instituto conseguirá fornecer outras 46 milhões de doses da vacina, mas com previsão de entrega até maio.

De tal forma, para a maioria da população, principalmente para os que estão fora dos grupos prioritários, o melhor jeito é se proteger contra o novo coronavírus é manter as medidas de biossegurança: uso de máscara, lavagem das mãos com água e sabão recorrentemente, álcool em gel e distanciamento social.

Fonte: Repórter MT