A reconstrução total, ampliação e implantação de várias melhorias, como estação de tratamento de esgotos e dejetos, museu, auditório e trilhas suspensas sobre armações de ferro e piso antiderrapante, com as laterais protegidas por grades com corrimões, do complexo turítisco da Salgadeira, em fase final e prestes a ser entregue pelo Governo do Estado nos próximos dias, é algo que por mais que se escreva ou diga é pouco no sentido de traduzir a importância de uma obra que, sem nenhum exagero retórico, pode ser considerada resgate de um patrimônio ecológico da cidadania cuiabana e mato-grossense.
Não cabem neste espaço, e talvez em nenhum outro, todos os adjetivos que se empregue para tentar mostrar o significado dessa que pode ser chamada também de retomada pelo poder público de um bem coletivo e, mais que isso, um legado da natureza de valor incalculável, em especial para as pessoas que moram em Cuiabá, Várzea Grande e cidades vizinhas.
Para compreender essa importância, só mesmo visitando o local quando suas instalações estiverem abertas ao público – o que deverá ocorrer em breve, segundo informa o deputado Wilson Santos (PSDB).
Santos deixou o comando da Secretaria de Cidades recentemente, e foi encarregado pelo governador Pedro Taques para comandar o resgate da Salgaderira, tirando a dos escombros a que estava relegada, sobretudo nas útimas gestões. E implantou a recuperação com obras que se harmonizam e mantêm compatibilidade com o meio ambiente circundante. Evitando derrubada de árvores e preservando a vegetação nativa, o que levou às trilhas suspensas (com iluminação no piso para orientar quem eventualmente estiver passeando por ali em horário noturno) para evitar que visitantes pisem nos gramados.
Localizada nas imediações da divisa entre os municípios de Cuiabá e Chapada dos Guimarães, a área é um ponto histórico de banho em suas águas frescas e cristalinas para a população de Cuiabá, Várzea Grande e até de outras cidades mato-grossenses que, há décadas vem procurando o lugar para o lazer nos dias mais quentes de uma região já calorenta.
Embora nos últimos tempos esse fluxo de turismo doméstico estivesse impossibilitado de fazer uso do local, devido à deterioração de sua antiga estrutura – vácuo que propiciou a “apropriação “ do aprazível lugar por desocupados. Fato que, após essa intervenção eficiente do Executivo mato-grossense, pode ser visto como página virada na história da Salgadeira.
Pessoas de todas as classes, ricos ou pobres, não importa as classificações econômicas, sociais ou culturais, através dos anos transformaram a “Salgadeira” em uma espécie de clube popular, franqueado a todos e acessível as pessoas e famílias de baixa renda.
Essa dádiva divina, abraçada pelos paredões da serra da Chapada dos Guimarães, que parecem querer protegê-la, mais do que nunca, a partir de agora pode ser tratada como um reino encantado das águas abençoadas de Cuiabá e Mato Grosso.
Com certeza, o povo desta região vai ter orgulho e prazer de frequentá-la e mostrá-la, a turistas de outras regiões como um dos referenciais marcantes do imenso – e ainda não devidamente explorado – potencial turístico deste “solo abençoado por Deus e bonito por natureza”, como diria a letra de canção famosa.
Fonte: Repórter MT