Obras do VLT terão que se adequar ao sistema de transporte coletivo

Fonte:

Definir a licitação do transporte coletivo municipal tendo, literalmente, no meio do caminho, as obras inacabadas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), sob a responsabilidade do Governo do Estado, segundo o prefeito Emanuel Pinheiro, foi uma das situações que segurou o lançamento do edital de licitação do serviço na Capital. “Estive com o governador, em fevereiro deste ano, e ele pediu pra eu segurar o edital até o mês de abril. Passou o mês de abril e eu não posso esperar mais. O VLT ou qualquer que seja o modelo adotado vai ser adequado ao sistema de transporte municipal. Isso eu não vou abrir mão”, garantiu Emanuel que apresentou o novo sistema em entrevista coletiva, naa manhã desta segunda-feira (27.05), no Palácio Alencastro.

Para Emanuel ainda há esperança já que o governador Mauro Mendes não definiu nada ainda. Quanto aos investimentos na reurbanização dos canteiros centrais das avenidas por onde o VLT deveria passar, o prefeito disse que as obras são feitas a custo zero. “Não gastei nada. São todos materiais removíveis feitos por meio de TAC (Termos de Ajustamento de Conduta) com a iniciativa privada. Ah, vem o VLT daqui há cinco anos, tira o que tá nos canteiros. É tudo removível”, assegurou Emanuel Pinheiro.

De acordo com o Tribunal de Contas da União (TCU), a obra paralisada, desde dezembro de 2014, conta com financiamentos no valor original de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, cerca de R$ 1,1 bilhão contratados pelo Estado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e à Caixa Econômica Federal, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

As obras de mobilidade urbana voltadas à Copa do Mundo de 2014, na Capital, são alvo de ações judiciais e operação da Polícia Federal ante denúncias de pagamento de propinas e corrupção. Alguns fatores foram determinantes para que o resultado esperado não fosse alcançado e a consequente, paralisação do empreendimento. Entre eles estão os adiantamentos decorrentes do fornecimento de bens não usuais e ocorrência de eventos que impactaram o seu cronograma. Além disso, houve compras em descompasso com a evolução das obras e escassez de projetos e de razões que embasaram os ajustes contratuais promovidos.

Fonte: PNB Online