O município está perto de colapso na saúde e não chegou a fazer a implantação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19. Os deputados estaduais Delegado Claudinei (PSL) e Deputado Sebastião (PSC) se reuniram nesta segunda-feira (25), com o secretário de Estado de Saúde de Mato Grosso (SES), Gilberto Figueiredo, para debater a situação da saúde com a pandemia da Covid-19, em Rondonópolis (MT). Também, marcaram presença os vereadores Roni Magnani, Dr. Jonas Rodrigues e Reginaldo Santos, ambos do SD, e Aparecido Pereira da Silva – conhecido por Cido Silva (PSC).
O presidente da Câmara Municipal, Magnani, expôs, no início da reunião que Rondonópolis vive um momento difícil com o aumento de casos da Covid-19 e que precisava ter um panorama da situação vivenciada nas regiões sul e sudeste do estado de Mato Grosso, como, também, a implantação de novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Covid-19.
De acordo com o secretário Gilberto, Rondonópolis é um município de gestão plena e que o governo estadual não contrata os serviços e, sim, a prefeitura municipal. “Conseguimos contratar 20 leitos de UTI na Santa Casa, pretendemos ampliar, isso passa por pactuação com a prefeitura. Nosso Hospital Regional não há espaço para ampliação. A prefeitura deve acelerar junto ao hospital, existe uma portaria, só o município para oficializar e nós aprovamos e publicamos”, explica.
Figueiredo lembrou que a gestão municipal chegou a receber três meses antecipados de recursos para montar as UTIs Covid-19, mas que depois o prefeito não prosseguiu com o processo em colocar na Central de Regulação Interna. “Não existe UTI pactuada exclusiva só para Rondonópolis. O perfil da taxa de ocupação tem que ser avaliado nas regiões sul e sudeste. Qualquer município da região, que o gestor municipal tem capacidade técnica para atender os requisitos, nós temos interesse de abrir novos leitos e o governo do Estado vai pagar para eles”, frisa o secretário.
Ocupação
Durante o encontro, foi informado sobre a taxa de ocupação em unidades de saúde, como a Santa Casa e Regional de Rondonópolis – com 85% e 100% – em Campo Verde e Primavera do Leste – 85% e 70%. “É muito difícil abrir um leito de UTI, é demorado. A portaria está vigente, só o Ministério da Saúde habilitar a vaga. Se não habilitou, o governo do Estado arca com as despesas”, explica o secretário que informou que, atualmente, há um custo de R$ 23 milhões por mês para UTI Covid-19 pelo Estado e que o valor do leito é de R$ 2 mil reais por diária – independente se tiver paciente ou não.
“Estamos preocupados com a situação que enfrentamos em Rondonópolis. Estamos perto de um caos na saúde, pois estamos quase lá, em ter 100% de ocupação dos leitos. Precisamos buscar alternativas urgentes, eu e o deputado Sebastião e os vereadores representando a Câmara Municipal, unindo forças para chegarmos a uma solução concreta para que a população não fique desamparada”, informa Delegado Claudinei.
Gilberto anunciou aos presentes que na próxima quarta-feira (3), a secretária-adjunta Executiva da SES, Danielle Carmona, estará em Rondonópolis para uma reunião, no propósito de resolver problemas que já podem ser solucionados.
Vacinas – Na oportunidade, o secretário destacou que no prazo de 38 horas foram distribuídas a primeira remessa da vacina para os 141 municípios mato-grossenses. “Um recorde absoluto de logística do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas) fazendo o transporte aéreo. Recebemos ontem, mais 24 mil doses, nossa equipe prepara o fracionamento para ser encaminhado aos municípios. Chegou a vacina é para chegar o mais rápido possível até as pessoas que tem que ser beneficiadas”, diz.
Leitos – As regiões sul e sudeste de Mato Grosso contam com 49 leitos de UTI Covid-19 que foram contratualizados junto ao governo estadual, sendo distribuídos 20 leitos para Santa Casa de Rondonópolis, 10 leitos no Hospital Regional de Rondonópolis, 10 leitos de Campo Verde e nove em Primavera do Leste.