De 2002 a 2014, Mato Grosso apresentou a segunda maior taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil ao acumular expansão de 105,6%, índice atrás apenas do registrado em igual período no estado do Tocantins, que somou 113%. Em 2014, o PIB atingiu R$ 101,23 bilhões. Com o percentual dos últimos 12 anos, o Estado manteve, pelo menos até 2014, um ritmo forte de crescimento anual na economia, média anual de 8,8%, avanço calcado no sucesso da agropecuária.
Essa velocidade registrada em Mato Grosso chegou a ser comparada com o que ocorrida na economia dos países asiáticos – Hong Kong, Cingapura, Coreia do Sul e Taiwan – batizados de ‘Tigres Asiáticos’. Numa analogia ao que ocorria na economia mato-grossense que se diferia da média do país e dos outros estados, o economista cuiabano Vivaldo Lopes, apelidou a performance do PIB estadual de ‘Tigre Pantaneiro’.
Além do boom da economia, o Estado foi destaque também em relação ao PIB per capita que é o produto interno bruto, dividido pela quantidade de habitantes de um país/estado/município. Conforme dados referentes às Contas Regionais 2014, divulgados ontem pelo IBGE, Mato Grosso tem PIB per capita de R$ 31. 396,81, cifras que são a segunda maior da região Centro-Oeste e a 9ª do país e sensivelmente acima da média do Brasil em R$ 28.500,24. Na região, a maior é a do Distrito Federal, R$ 69.216,80, que o próprio IBGE diz se tratar de uma peculiaridade pelo baixo contingente populacional. Em 2002, o PIB per capita de Mato Grosso era de R$ 7.265,37.
Na passagem de 2013 para 2014, Mato Grosso foi o estado da região Centro-Oeste com o melhor desempenho, tanto na posição relativa da variação real anual, na qual foi o quinto melhor do ranking entre 21 estados, como também na participação do PIB do país, onde Mato Grosso representa 1,8% e na variação real anual na qual o crescimento registrado foi de 4,4%.
O primeiro lugar é ocupado por Tocantins com 0,5% e 6,2%, seguido pelo Piauí (2º/0,7%/5,3%, respectivamente), Alagoas (3º/0,7%/4,8%, respectivamente), Acre (4º/0,2%/4,4%, respectivamente).
O PIB é a soma de todos os bens, produtos e serviços de um país e quanto maior o PIB, mais demonstra o quanto esse país é desenvolvido.
Apenas cinco Estados foram responsáveis por quase dois terços do PIB brasileiro em 2014, segundo os dados das Contas Regionais, do IBGE. São Paulo manteve a liderança com uma fatia de 32,2% de toda a economia brasileira, mesmo porcentual alcançado em 2013. Os demais Estados com maior participação foram Rio de Janeiro (com 11,6%), Minas Gerais (com 8,9%), Rio Grande do Sul (com 6,2%) e Paraná (com 6%). Juntos, responderam por 64,9% do total.
O PIB do Brasil em 2014 foi de R$ 5,78 trilhões. São Paulo somou R$ 1,86 trilhão, seguido por Rio de Janeiro (R$ 671,08 bilhões), Minas Gerais (R$ 516,63 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 357,82 bilhões).
Os três Estados com menor geração de riqueza foram Roraima (R$ 9,74 bilhões), Amapá (R$ 13,40 bilhões) e Acre (R$ 13,46 bilhões).
O PIB do Estado de São Paulo recuou 1,4% na passagem de 2013 para 2014. No PIB do Paraná, a queda foi de 1,5% em relação a 2013. Minas Gerais teve recuo de 0,7%, enquanto o Rio Grande do Sul diminuiu 0,3%. Segundo o IBGE, houve impacto negativo nesses Estados, sobretudo, das perdas da indústria de transformação no ano.