Uma carga de aproximadamente três toneladas de explosivos e acessórios iniciadores foi apreendida pela Polícia Civil, em ação da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), realizada na noite de quinta-feira (29.04), em Peixoto de Azevedo (691 km ao norte de Cuiabá).
Os explosivos não possuem identificação ou documentação legal e estavam sendo transportados em uma carreta bitrem, escondidos sob uma carga de soja. O motorista da carreta foi preso em flagrante pelo crime de produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo, previsto no artigo 16, da Lei de Desarmamento.
A equipe da GCCO recebeu a informação de que um veículo estava transportando grande quantidade de explosivos na região norte do estado. Diante das informações, os policiais iniciaram as diligências conseguindo identificar e fazer o acompanhamento do veículo, realizando a sua abordagem na entrada da cidade de Peixoto de Azevedo.
O motorista autorizou a vistoria da carga, sendo encontrado no meio do carregamento de soja, vários sacos com explosiv0s e acessórios iniciadores, totalizando aproximadamente 6,2 mil emulsões explosivas. Ele foi conduzido à Delegacia de Guarantã do Norte onde o flagrante foi lavrado pelos delegados Edmundo Félix de Barros Filho e Victor Hugo Caetano de Freitas, acompanhado pelo delegado regional, Geraldo Gezoni Filho.
A equipe da Gerência de Operaçôes Especiais (GOE) que atua com manuseio de material explosivo foi acionada e já está na cidade para fazer o transporte do material com segurança para Cuiabá. Os explosivos devem ser encaminhados para o Exército para as providências cabíveis.
Segundo o delegado titular da GCCO, Vitor Hugo Bruzulato Teixeira, há indícios de que o material seria utilizado na prática de roubos a instituições financeiras e de transporte de valores, bem como em garimpos clandestinos das regiões centro e norte do país.
“A GCCO dará continuidade as investigações com o objetivo de esclarecer totalmente os fatos, da onde saiu o material ilícito e para onde iria, mas sabemos que é bem comum o uso desse tipo de artefato por associações criminosas envolvidos nesses tipos de crimes”, disse o delegado.