Após sucessivos aumentos no preço do Etanol em Mato Grosso, que começaram a partir de setembro, quando ainda era possível encontrar o litro do combustível a R$ 2,24, nesta semana o preço do álcool que variava entre R$ 2,98 a R$ 3,09, dependendo do posto de combustível, sofreu variação atingi R$ 0,30 e o produto já é comercializado a R$ 3,29.
De acordo com o secretário-executivo do SindiPetróleo em Mato Grosso, Jorge Santos, o aumento é uma consequência de vários fatores. Ele explicou que a economia vem tentando se reajustar e recuperar os prejuízos graves que sofreu durante todo este período de pandemia. Isso não apenas em relação aos combustíveis, mas de forma geral.
Segundo Jorge, hoje as usinas estão praticando os mesmos preços em relação a fevereiro, quando começou o impacto da pandemia no Brasil. Isso após quase 7 meses de sucessivos prejuízos no setor, praticando preços de vendas abaixo do custo.
Outro fator é o aumento sucessivo do petróleo mundialmente, impactando diretamente no preço dos combustíveis. O Diesel, por exemplo, sofreu aumento de 5% em outubro e isso está refletindo nas bombas.
Levando em consideração que as máquinas durante o plantio e colheita da cana são movidas a Diesel, assim como os caminhões que fazem o transporte até os postos de combustíveis, é possível perceber o impacto nos custos em cada parte desse processo, gerando um aumento de custo significativo na produção.
Ainda em outubro o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) também sofreu reajuste e aumentou 4%. A soma desses fatores é determinante para esse susto que o mato-grossense sofreu nesta semana.
Jorge ressaltou que durante todo esse período de pandemia os reajustes não foram repassados, inclusive pela perca da demanda devido ao isolamento social, mas que agora a economia tende a retomar devido ao ‘controle’ da pandemia e as expectativas quanto à vacina.
Quanto às expectativas futuras sobre os combustíveis é difícil fazer algum tipo de previsão. Embora as usinas tenham conseguido ajustar os preços referentes à produção, fatores como preço do petróleo, que segue em alta constante no mundo, entre outros como tributações ainda são imprevisíveis quando falamos de estabilidade.
Uma dica aos consumidores é a pesquisa de preços, já que a variação entre um posto e outro ainda pode ser significativo neste momento.
Aumentos sucessivos
Os sucessivos aumentos começaram em 18 de setembro, quando o litro do etanol era praticado a R$ 2,24 nas usinas, afirmou o Sindipetróleo-MT. Em 23 de outubro, esse valor sofreu reajuste e chegou a R$ 2,54, ainda sem colocar nessa conta o frete e demais tributos. No final do mês o combustível já variava entre 2,98 e 3,09. Agora, início de novembro o etanol já alcança o patamar dos R$ 3,29.
Fonte: Repórter MT