Um incidente que por pouco não terminou em tragédia, culminou com a queda de toneladas de terra, no cruzamento da avenida Oito de Abril com a rua Ramiro de Noronha, no Jardim Cuiabá – região Oeste de Cuiabá. A obra do Residencial Villaggio Calabria é de responsabilidade da Construtora Gerencial, uma das mais conceituadas de Mato Grosso, principalmente em edifícios residenciais. Pessoas foram vistas correndo para longe, deixando as proximidades da área.
Informações do Corpo de bombeiros dão conta de que a construção já havia sido interditada pela Defesa Civil. O desmoronamento parcial ocorreu por volta das 16h15. Não houve o registro de feridos, segundo os Bombeiros que atenderam a ocorrência.
No incidente, parte do prédio que atendeu uma creche que fica ao lado da construção, também foi atingida. O prédio teve paredes rachadas, com o impacto. A creche mudou de endereço após o alerta sobre o risco de desabamento. Antes da interdição, o local chegou a atender 200 crianças da Igreja Santo Antônio. A creche mantida pela Igreja São Sebastião, no bairro Goiabeiras – antigo Cai-Cai, foi transferida justamente por causa do ambiente de insegurança, nas obras do edifício.
Testemunhas revelam que houve estrondo, quase similar à explosão de uma bomba militar. Moradores das imediações ficaram alarmados e acionaram tanto a Polícia Militar quanto o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso. A situação está sob controle e a Defesa Civil foi acionada novamente.
O aposentado Antônio Carvalho de Arruda, 72 anos, morador do jardim Cuiabá há mais de 50, disse que ouviu “um forte estrondo” e saiu correndo de dentro de casa. “Pensei que a casa iria cair, mesmo! Levei um susto! Nunca vi isso acontecer aqui”, testemunhou Carvalho de Arruda, que fala através um sintetizador de voz instalado na garganta, chamada de ‘laringe eletrônica’.
Outra testemunha, o universitário Gladerson Alexandre Silva Bastos, 40 anos, confirmou a existência do estrondo, parecendo explosão. “Em seguida, veio o barulho igual a cascalho descendo de uma rampa imensa”, citou Gladerson Bastos.
A reportagem do Cuiabano News esteve no local e tentou contato com a direção da Construtora Gerencial, mas não foi atendida.
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