Primeira morte por coronavírus em Cuiabá é contestada; advogado quer exumação de corpo

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O filho do aposentado Nelson Antônio Ferraz, 79 anos, o advogado Adriano Pagotto, tem investigado sobre o diagnóstico do pai, que morreu no último dia 15, segundo a Secretaria de Estado de Saúde, por Covid-19.

Para Pagotto tem sido muito difícil aceitar o resultado do exame como positivo, sendo que sua mãe, que conviveu com o aposentado nesses últimos 40 dias, no total isolamento, fez o teste e deu negativo.

O filho conta que a única pessoa que ia até o isolamento (numa chácara onde seus pais estavam) era ele, apenas para levar alimentos e os medicamentos de uso diário de ambos.

“Chegava na chácara com as compras do supermercado e remédios, estava usando máscaras, cheguei a levar 5 litros de álcool gel para eles, meu pai deixava de molho todas as frutas e verduras dentro de uma bacia com água sanitária e as demais compras limpava uma a uma”, explicou Pagotto.

“Se meu Pai morreu de ‘covid-19’, porque então não saiu na certidão de óbito??!! Porque saiu choque séptico, síndrome da angustia respiratória aguda, tromboembolismo pulmonar, hipertensão arterial sistêmica. Nem foi colocado suspeita de covid-19. Até que ponto devemos acreditar no LACEN (Laboratório Central)?? Ou será que o governo precisa de dados estatísticos para alegar seus procedimentos e com isto postergar dívidas federais e receber mais valores?!”, questiona.

O aposentado, conforme Pagotto, tinha apenas pressão arterial alta, porém, totalmente controlada, diferentemente do alegado por alguns meios de comunicações que disseram que ele tinha várias enfermidades.

O advogado afirma ter recebido inúmeras ligações e mensagens de todos os tipos de pessoas da sociedade e todas foram taxativas que “seu pai não morreu de covid”.

Ele ainda afirma que antes de tomar quaisquer outras medidas judiciais, irá fazer outro teste do covid-19 juntamente com a sua mãe, porém, agora será o IgG/IgM, já que o PCR deu negativo para ambos.

Por fim, o filho do aposentado já entrou em contato com o delegado titular da Delegacia Especializada do Idoso, bem como com um membro do Ministério Público, e não descarta até uma exumação para melhor apuração.

“Não vou aceitar que meu pai seja um bode expiatório”, finaliza.

Fonte: Repórter MT