Cinco meses após o início da vacinação em Mato Grosso, levando em consideração o ritmo atual das aplicações das doses, 75% da população de Mato Grosso estará imunizada com duas aplicações somente ao final de 2022. O percentual é atualmente considerado o mínimo ideal para o controle da pandemia.
Os dados são da 2ª Nota Técnica – Vacinação contra a covid-19 em Mato Grosso: primeiros resultados – divulgada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e demonstram que a cobertura vacinal entre os grupos prioritários ainda é insuficiente no território. O levantamento traz ainda um cálculo que leva em conta o percentual de imunização para o controle da pandemia, ou seja, 75% da população imunizada, e média semanal atual de aplicações, que é de 31.329 no Estado, apontando que ao final de 2021 apenas 60% da população total de Mato Grosso estaria vacinada com a 1ª dose. Por outro lado, supondo um ritmo máximo de aplicações semanais registradas até o momento, 56.479, terá sido atingida 89% da meta com uma única dose no mesmo período.
Considerando que a aplicação da 2ª dose pode ocorrer em até 90 dias após a aplicação da 1ª dose, para atingir a meta de vacinar 75% da população com duas doses deverão ser aplicadas cerca de 116 mil doses por semana. No atual ritmo de vacinação, com média de 31.329 aplicações/semana no Estado, isso só ocorreria ao final de novembro de 2022.
Médica epidemiologista, professora da UFMT e uma das responsáveis pelo levantamento, Ana Paula Muraro destaca que a vacinação já mostra seus efeitos na população, sendo possível perceber o resultado no grupo de 72 anos acima, que já está com quase 80% do público imunizado. Já é possível verificar uma queda na mortalidade nas semanas após a vacinação.
Explica ainda que se continuar com taxa de transmissão alta, a queda na mortalidade será ainda maior quando avançar o ritmo mais elevado possível da vacinação, e associar a isso ao controle da transmissão da doença com as medidas de prevenção e contenção já conhecidas, como distanciamento físico e social, uso de máscaras, higienização, entre outros. “Nesse sentido, são estratégias que se complementam e, se aliadas, serão efetivas no controle da pandemia no Estado”.
Fonte: A Gazeta