Quatro pessoas foram mortas a tiros, a maioria na cabeça. Uma delas, uma mulher, ainda foi carbonizada dentro do carro dela. Uma outra mulher grávida escapou da chacina e está sob a guarda das polícias Civil e Militar.
As quatro vítimas, segundo a Polícia, foram identificadas como Elzilene Tavares Viana, a “Babalu” de 41 anos; o filho dela, Luiz Felipe Viana Antônio da Silva, 19; Leôncio José Gomes, 40; e Jonas dos Santos, de 25 anos.
Os quatro corpos, segundo a PM, foram encontrados na manhã de segunda-feira (23), em uma região de mata, na cidade de Aripuanã (1.002 km ao Noroeste de Cuiabá).
A chacina foi descoberta após o relato de uma sobrevivente de 19 anos, que está grávida e teria sido poupada pelos criminosos, em troca do silêncio dela sobre os autores do crime.
INVESTIGAÇÕES – Segundo as investigações, Jonas e a mulher grávida pegaram carona com a família de Babalu com destino à cidade de Juína (a 250 km de Aripuanã).
Os cinco, no entanto, não chegaram ao destino final, pois foram sequestrados quando estavam saindo de uma região de garimpo onde Jonas trabalhava.
Uma testemunha foi até a delegacia da cidade para denunciar o sumiço das cinco pessoas.
Ela, no entanto, ficou sabendo que a esposa de Jonas estava em Sinop (500 Km ao Norte de Cuiabá), onde denunciou que o carro em que eles estavam foi abordado no momento em que eles saíram do garimpo.
Segundo a sobrevivente, todos foram algemados e levados para a região de mata no meio da estrada, onde foram mortos.
A vítima contou que também ia ser morta, mas Jonas pediu para que ela fosse poupada, já que estava grávida.
A mulher, que não teve o nome divulgado, foi poupada da morte e levada para Juína pelos matadores, que só pediram para ela ficar em silêncio sobre o caso.
Os corpos foram encontrados ao lado do carro de Babalu, que estava carbonizado, assim como o corpo dela.
O fogo só não consumiu sua cabeça e parte dos braços.
Já Luiz, Leôncio e Jonas estavam com lesões e marcas de tiros no corpo. Os corpos foram liberados pela Polícia Civil.
A Polícia Civil abriu Inquérito Policial e quer saber, principalmente, os motivos dos crimes.
Não há, até o momento, informações sobre os suspeitos de terem cometido o crime.
A motivação pode ter relação com a exploração do garimpo na região, da qual Babalu era “dona”.
A motocicleta da vítima e a bolsa dela, com os documentos, foram jogadas em um lixão da cidade e queimados, para dificultar a identificação.
Fonte: Diário de Cuiabá