Salário de professor de Mato Grosso é o 3° maior do país; Estado paga R$ 4.350

Fonte:

Os professores de Mato Grosso são os 3º mais bem pagos do Brasil, segundo mostra o levantamento da revista especializada em Educação, ‘Nova Escola’, que aponta que houve crescimento salarial acima da média nacional.

De acordo com os dados, Mato Grosso paga R$ 4.350 aos profissionais para uma jornada de 30h semanais. O Estado fica apenas atrás do Maranhão (R$ 5.751) e Mato Grosso do Sul (R$ 5.553).

Caso, os mato-grossenses trabalhassem em regime de 40h semanais, o salário partiria para R$ 5.156.

O Ministério da Educação, por exemplo, estabeleceu que o piso nacional para este ano fique na casa dos R$ 2.557.74. Assim, o Estado paga mais que o piso nacional de 40h, mesmo que os professores tem uma jornada de 30h, já que o valor pago chega em 70,1%.

Ganho Real

Apenas nos últimos quatro anos, houve ganho real de 31,53% no salário dos profissionais. A remuneração saltou de pouco mais de R$ 2,9 mil em 2015 para R$ 4,35 mil em 2018, gerando um custo adicional de R$ 530,6 milhões aos cofres públicos, como demonstrado no quadro abaixo:

Desta forma, de 2013 a 2023 o salário dos professores da Educação Básica terá um aumento de 81% e, na hipótese de concessão do reajuste, este percentual saltaria para 101%.

Investimento

No entanto, apesar da boa notícia, a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), informou que somada a folha de pagamento com o custeio básico da Educação, não sobrará nenhum valor para a pasta investir em manutenção, adequação e infraestrutura das 753 escolas estaduais.

Estes dados explicam a dificuldade do Estado em conseguir melhorar a estrutura das unidades escolares, vez que a quase totalidade da fatia do orçamento é destinada para custear salários e despesas básicas.

Greve

Os profissionais entraram em greve na segunda-feira (27), por tempo indeterminado. A greve foi aprovada em assembleia geral no último dia 20 de maio, na Capital.

Dentre as pautas de reivindicação está o chamamento de concurso para as vagas livres, além de pagamento dos restos a pagar da Revisão Geral Anual de 2018 para assegurar a Lei da Dobra do Poder de Compras dos profissionais da Educação.

Fonte: Cuiabano News