Secretaria prevê nova explosão da Covid em 15 dias em Cuiabá

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Com a perspectiva de início de vacinação contra a Covid-19 para fevereiro, Mato Grosso começou 2021 com aumento no número de contaminados e de óbitos provocados pela doença, causada pelo coronavírus.

Em Cuiabá, a Secretaria Municipal de Saúde não descarta sobrecarga nas unidades básicas de Saúde e, até mesmo, de novo colapso no sistema nos próximos 15 dias, devido às aglomerações registradas durante as festas natalina e de virada do ano.

“Nós estamos ainda em uma situação confortável, mas tudo indica que, nos próximos dias, teremos o reflexo do Natal e, depois, do Ano Novo. Isso vai, fatalmente,impactar nas nossas unidades de Saúde com uma sobrecarga”, disse  a secretária municipal de Saúde, Ozenira Félix, confirmando que já há aumento na procura por atendimento médico e, consequentemente, de casos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Situação semelhante também ocorre no setor privado, já lotado e com hospitais aumentando a quantidade de leitos de UTIs.

“A procura está muito grande. Por isso, pedimos à população para que não concentre em um só lugar a ida dela. Que ela vá nas diversas unidades de Saúde para evitar até aglomerações”, alertoua  secretária.

“A procura está aumentando, está realmente muito grande”, acrescentou. As informações foram dadas à TVCA (Rede Globo).

Ozenira Félix reforçou que a rede disponibilizada para assistência exclusiva à Covid-19 ainda não chegou a sua capacidade máxima na Capital. Contudo, o cenário preocupa.

“Pedimos à população cautela, vamos evitar novas aglomerações. Passou o fim de ano e já aconteceu. Agora, nós temos que evitar porque, em breve, nós podemos ter um colapso no sistema, que possui uma capacidade máxima. Por mais que nós aumentemos, se a população não conscientizar que é responsável, que tem que evitar, não vamos dar conta. Nem o SUS, nem a rede privada e não é só em Cuiabá. Isso é em todo Estado, em todo país”, destacou.

Para os casos confirmados, segundo ela, o processo de monitoramento dos pacientes vem sendo feito desde o início da pandemia e foi intensificado no fim de ano pelas equipes de saúde das unidades de pronto-atendimento (UPAs) e policlínicas, com os devidos encaminhamentos e até orientações que vem sendo prestadas por meio de WhatsApp às pessoas infectadas em isolamento domiciliar.

Apresentando sintomas, a pessoa deve procurar uma das unidades básicas de Saúde, como centro e posto de saúde, onde é feita a triagem, encaminhamento para atendimento médico e exame que detecta ou não o vírus.

DADOS – Nas últimas 24 horas, a Secretaria de Saúde notificou 796 novas confirmações de novos casos de coronavírus em Mato Grosso.

Nesse mesmo período, foram registradas 13 mortes causadas pela doença no Estado.

A taxa de ocupação está em 51,12% para UTIs adulto e em 25% para enfermarias adulto.

A Secretaria de Estado de Saúde notificou, até a tarde desta terça-feira (5), 183.673 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso.

Dentre os dez municípios com maior número de casos de Covid-19 estão: Cuiabá (41.520), Rondonópolis (12.961), Várzea Grande (12.719), Sinop (9.844), Sorriso (8.167), Tangará da Serra (7.864), Lucas do Rio Verde (7.606), Primavera do Leste (5.815), Cáceres (4.146) e Nova Mutum (3.834).

No total, são 4.596 mortes em decorrência do coronavírus no Estado.

Dos 183.673 casos confirmados da Covid-19 em Mato Grosso, 5.237 pessoas estão em isolamento domiciliar e 173.069 estão recuperadas.

Entre casos confirmados, suspeitos e descartados para a Covid-19, há 206 internações em UTIs públicas e 217 em enfermarias públicas.

Já o panorama sobre a situação epidemiológica aponta que os 141 municípios do Estado configuram na classificação de baixa risco de infecção pelo coronavírus.

Em 31 de dezembro, Tesouro (366 km ao Sul da Capital) foi a última cidade classificada com risco “moderado” de infecção.

Contudo, desde a metade do mês de setembro, nenhuma cidade de Mato Grosso foi classificada com risco alto de contaminação.

“De acordo com os critérios estabelecidos pelo Estado, que tem a média dos últimos sete dias da taxa de ocupação, os municípios ainda estão classificados com risco baixo. Mas, pelo que já vivenciamos no pico da pandemia, sabemos que esse cenário muda rapidamente. Neste momento, nós estamos com risco baixo porque um dos critérios para avaliar o risco é a taxa de ocupação. Nossa taxa de ocupação ainda nos classifica numa posição confortável, mas temos que manter o alerta porque isso muda muito rápido”, esclareceu Flávia Guimarães, gerente da Vigilância Epidemiológica da Capital.

Os indicadores de classificação de risco são atualizados duas vezes por semana pela Secretaria de Saúde do Estado.

Fonte: Diário de Cuiabá