Sindicato pede suspensão da volta às aulas no Estado

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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) protocolou o ofício nº 09/2021, junto à Secretaria de Estado de Educação (Seduc), solicitando a suspensão do retorno das atividades escolares nesta segunda-feira (8).

O Sintep-MT argumenta a falta de fornecimento das ferramentas tecnológicas necessárias para o retorno das aulas de maneira remota e apostiladas.

Segundo o presidente do sindicato, Valdeir Pereira, existem diversos problemas a serem resolvidos para que o ensino online seja realmente eficaz.

“No ano passado, tivemos uma triste realidade com o fato de milhares de alunos não conseguirem ter acesso ao ensino, já que muitos não tinham sequer uma conexão de internet de qualidade. O Governo não apresentou ferramentas digitais para alcançar esse público que, com o retorno forçado das aulas, vai mais uma vez, ficar para trás”, afirmou.

Por meio da assessoria de imprensa, Pereira afirmou ainda que é grande quantidade de turmas pendentes para liberação e inclusão no processo de atribuições.

Apontou ainda que o ensino à distância necessita de uma plataforma digital escolhida pelo governo para ser o canal de comunicação com os estudantes, no entanto, muitos educadores denunciam as dificuldades quanto à liberação dos acessos à plataforma Google Classroom.

“A Seduc ficou de criar e liberar e-mails institucionais para que o acesso aos professores fosse liberado, e até o momento, a um final de semana do retorno determinado pelo governo, isso não foi feito”, destacou.

Os educadores participaram, no sábado (6) e domingo (7), do Conselho de Representantes (CR) de forma virtual, com extensa pauta de luta e resistência em defesa da educação pública e gratuita.

Já na tarde desta segunda-feira, realizam assembleia-geral, no estacionamento de visitantes da Assembleia Legislativa, para avaliar as deliberações do CR, entre elas, os desdobramentos do estado de greve, estabelecido desde dezembro.

Na rede estadual, as aulas voltam neste dia 8 de fevereiro de forma não presencial, ou seja, online ou por meio de apostilas.

Mas, há previsão de adotar o modelo híbrido (presencial e online) a partir de março, conforme análise epidemiológica da pandemia da Covid-19.

A Seduc tem afirmado que “a infraestrutura escolar está preparada para atender os alunos e profissionais tanto no ensino não presencial como no híbrido”.

Em dezembro passado, por exemplo, o órgão estadual informou que fez o pagamento do recurso no valor de R$ 3,5 milhões para que as mais de 700 unidades escolares iniciem o processo de aquisição de bens e serviços para a prevenção do coronavírus no ambiente escolar.

O Estado conta com 380 mil alunos e 40 mil profissionais da educação.

Fonte: Diário de Cuiabá