O conselheiro e presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT), Antônio Joaquim, afirmou à imprensa que a obra do Veículo Leve sobre Trilho (VLT) precisa ser concluída e que, à época, o Tribunal poderia ter impedido a compra dos vagões. “O tribunal, antes, esperava você executar o contrato para saber se houve execução adequada, sem superfaturamento. Hoje, não. Se o VLT fosse começado a ser executado hoje, talvez o Tribunal não permitisse comprar os vagões antes de estar pronto o que você estava vendo… Vai gastar R$500 milhões em vagões? É uma temeridade. Podíamos ter evitado a compra dele. Não que estivesse irregular, mas pela conveniência de onde colocar os recursos”, explica o presidente.
O Governo do Estado já disse, através da Procuradoria Geral do Estado (PGE), que não firmará um acordo com o Consórcio VLT, responsável pela obra, para sua conclusão. A questão está judicializada.
O presidente do TCE-MT cobra agilidade do governo na resolução deste problema que está a olhos nus nas vias públicas cuiabanas e mato-grossenses, atrapalhando o trânsito e a mobilidade urbana. “Não tem como ignorar e admitir a possibilidade de que isso seja resolvido espontaneamente. É preciso protagonismo do governo”, cutucou.
Manifestando-se ‘como cidadão’, ele afirma que é impossível não enfrentar o problema do VLT. “Quem escolheu VLT e não o BRT foi quem tinha direito de fazê-lo: o governador e a Assembleia Legislativa. O TCE não tinha que meter o bedelho. Mas, é R$ 1 bilhão. Não tem que se adequar, “agora vamos fazer o BRT”. Tem que se resolver. Como resolver, é gestão. Não posso fazer juízo de valor”, disparou.