Gisela Simona (Pros), pré-candidata à prefeitura de Cuiabá e servidora licenciada do Procon-MT, defendeu a ampliação e a melhora de políticas voltada às mulheres durante o Seminário Eleitoral Pros 2020 realizado no fim da semana passada.
Ela comentou que talvez seja a única mulher que disputará o cargo como prefeita de Cuiabá, o que é um grande desafio. “Para vocês sentirem o peso, na nossa Câmara Municipal de Cuiabá, não temos nenhuma mulher vereadora. O preconceito é algo que está muito presente em nossas vidas”, afirmou, explicando que o preconceito é histórico, enq1uanto que as mulhres têm provado ao logo dos tempos que suas gestões são mais humanas, mais sérias e mais voltadas a servir o cidadão. “Essa parte, a de boas gestoras, é histórica também”, ironizou.
Pré-candidata a prefeita de Cuiabá, ela disse que há uma necessidade de ações diferenciadas voltada às mulheres e que é essencial reconhecer e aplicar o que a população feminina realmente está necessitando.
– “O primeiro passo é reconhecer a diferença de gênero. Estamos em um período de polarização no Brasil e algumas pessoas tentam relativizar números que são reais, como do salário que é menor, da ocupação de cargos que é menor por parte da mulher, mesmo que nós sejamos maioria na população”, explica Gisela Simona.
Para a pré-candidata é necessário valorizar o papel da mulher, seja como mãe e dona do lar, mas, muito além disso, é preciso incentivar e buscar meios para que elas sejam inseridas no mercado de trabalho e conquistem suas independências através da própria renda.
Simona defendeu a criação de creches e escolas em período integral. “Nós sabemos que muitas mulheres muitas vezes se submete a violência doméstica por dependência financeira e muitas vezes ela não tem como deixar seus filhos para buscar um trabalho. Uma creche das 08h às 18h, ou meio período, não favorece a mulher para que ela possa trabalhar ou estudar e buscar uma capacitação”.
A pré-candidata observou que o que pode ser considerado o mínimo para muitos, é de grande valor aos outros, como um apoio às mulheres vítimas de violência doméstica, para que elas consigam se reerguer a partir de crédito para o investimento em seus próprios negócios. Ou até mesmo na valorização da mulher dona do lar, chefe de família, nos programas de habitação.
As lutas de Gisela Simona também envolvem a saúde feminina. Ela comentou que não se pode pensar no corpo feminino apenas como um ser reprodutor. A criação de um Hospital Maternidade, por exemplo, é importante, mas defendeu que as mulheres têm muitas outras questões de saúde, como o câncer de mama, infecção urinária e endometriose.
“O Poder Público tem que pensar em como valorizar as mulheres. Tem que ter campanhas educativas, dentro do próprio lar e dentro das escolas A educação é a base de tudo e infelizmente não se toca muito nesses assuntos”, finalizou.
Fonte: O Documento