UPA de VG e Pronto-socorro são alvos de reclamações do corpo de enfermagem

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Profissionais da saúde de Cuiabá e Várzea Grande voltam a denunciar falta de insumos para atendimento, falta de medicamentos e escassez na distribuição e baixa qualidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso (Coren -MT) tem recebido diariamente diversas reclamações quanto a situações que colocam em risco a vida dos profissionais.

Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Cristo Rei, em Várzea Grande, as denúncias são quanto à escassez de equipamentos de proteção individual e à qualidade deles. Segundo relato dos profissionais da saúde na unidade ao órgão, estão sendo entregues, por exemplo, apenas dois macacões impermeáveis para um plantão de 12 h.

A situação tem limitado a ida dos profissionais ao banheiro e de fazer refeições da forma correta, isso porque o equipamento precisa ser trocado todas as vezes que o enfermeiro deixar o ambiente hospitalar, seja para ir ao banheiro ou comer.

No antigo Pronto socorro de Cuiabá (HPSMC), que é o hospital referência para Covid-19, as reclamações também se concentram em relação à qualidade dos EPIs.

Muitos servidores estão indignados com a fragilidade e até mesmo o “material ruim” de diversos equipamentos entregues, entre eles a máscara N95. De acordo com presidente do Coren, Antônio César Ribeiro, em relação à UPA de Várzea Grande, as denúncias estão sendo apuradas para a busca por solução.

Quanto ao PSMC, a responsável técnica da enfermagem na unidade foi convocada a prestar esclarecimentos e o Ministério Público do Trabalho será acionado.

Secretarias rebatem queixas

Secom/MT

COVID-19 CORONAVÍRUS, SAÚDE RESPIRADORES UTI

Em Várzea Grande, a Prefeitura informou que não existe racionamento nem baixa qualidade das EPIs e, sim, um excesso de atendimentos, inclusive de pacientes do interior. A demanda, antes da pandemia do coronavírus, era em média de 45% a 63% de atendimento de pacientes de outros municípios.

Segundo a administração municipal, o percebido neste momento é a falta de insumos e medicamentos que não estão sendo encontrados para aquisição como, por exemplo, anestésicos para UTI e outros remédios de alto valor. O município informou ainda que todas as unidades de saúde receberam os mesmos EPIs que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Cristo Rei.

Houve problemas em relação a algumas máscaras, quando detectado que as mesmas não atendiam às especificações técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Informou que, inclusive quando foram adquiridas, ainda não tinham sido estabelecidas as regras restrição.

Porém, as máscaras “foram recolhidas e não pagas”, substituídas por aquelas com o selo da Anvisa. Já a Secretaria de Saúde de Cuiabá informou que todo EPI necessário para o atendimento de pacientes infectados com coronavírus foi adquirido seguindo normas especificadas pelo Ministério da Saúde e a Organização Mundial de Saúde.

Esses EPIs também foram distribuídos conforme protocolo dos dois órgãos. No dia 12, a unidade recebeu 69 mil máscaras cirúrgicas triplas, 12 mil N95, 200 óculos de proteção, 400 protetores faciais e ainda 4 mil toucas hospitalares, produtos destinados pelo Ministério da Saúde

Fonte: O Bom da Noticia