Vice de Cuiabá articula para ser “candidato de Bolsonaro” em 2020

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O vice-prefeito Niaun Ribeiro (PSD) disse que está conversando seriamente com o Podemos a convite do deputado federal José Medeiros. De acordo com ele, as ideias do partido estão antenadas com suas aspirações por uma “renovação política”, um meio de apresentar novos quadros para a capital e o Estado nas eleições municipais de 2020 porque isso “seria algo bom para Cuiabá, bom para Mato Grosso”.

Assim, apesar de não admitir diretamente, não faz mais a mínima questão de disfarçar que vai trocar o PSD pelo PSL ou Podemos. “Temos conversado com muitas siglas, muito partidos e com certeza temos uma afinidade com José Medeiros, mas não tem nada definido até o momento”, disse.

Preferiu, entretanto, se esquivar de expor os motivos de sua insatisfação com o partido de Carlos Fávaro (PSD). Limitou-se a dizer que “há muito tempo não converso com o presidente Fávaro”, mas segue militando junto com ele lá, mas sua lisonja vem com a procura do deputado José Medeiros, que tem “se destacado em nível nacional”.

Nas entrelinhas, soltou até mesmo uma virtual candidatura contra o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) em nome da tal citada renovação. “Podemos tem projeto pra mim. Um projeto de formar um grupo, quem sabe à prefeitura, fazer uma coligação, porque o Medeiros quer fazer crescer o partido com renovação, é um partido novo, repaginado e vamos ver. Hoje sou militante do PSD”, disse.

Sobre se sua decisão será baseada em quem vai dar-lhe a candidatura a prefeito, se esquivou, mas não tanto assim. “Eu acho que um partido que esteja pensando em construir um novo projeto pra Cuiabá, pensando em renovação, é um partido que a gente quer se aliar. A gente ainda tá conversando, neste momento a gente não discute nomes, a gente discute projetos”.

Encerrou dizendo que não pode se isolar dentro do PSD e que recebeu convites de diversas outras siglas. Perguntado sobre quais, enrolou e disse que prefere “não dizer”.

Fez o mesmo quando os repórteres quiseram saber se o partido do ex-vice-governador do Estado não lhe dava espaço ou oferecia-lhe projetos à altura. “A gente tem conversado dentro do PSD também, mas são situações. Da mesma forma que chegou esse convite do Medeiros, chegou de outras siglas. Ah, eu prefiro não citar, mas a gente fica lisonjeado e fazer política é conversar com as pessoas, até porque qualquer candidatura majoritária passa por coligações de partidos”.

Fonte: Folhamax