O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB), avaliou que a saída do deputado federal Bruno Araújo (PSDB-PE) do Ministério das Cidades não deverá prejudicar as tratativas do Governo Estadual com a União para conseguir aporte financeiro com objetivo de concluir a implantação do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
“Não acredito que vá prejudicar porque este é um assunto que está em um estágio muito avançado dentro do Ministério das Cidades. Acredito que o próximo ministro dará continuidade as prioridades do Ministério e o VLT de Várzea Grande e Cuiabá é uma das prioridades. É um assunto institucional, não é pessoal”, analisou Wilson Santos, na tarde desta quinta-feira (18).
Bruno Araújo foi o primeiro a anunciar a saída do Governo Federal após ser deflagrada a crise da delação dos donos da JBS, Joesley e Wesley Batista. Joesley teria gravado o presidente Michel Temer (PMDB) negociando propinas em troca do silencia do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-TJ), além do senador afastado Aécio neves (PSDB-MG) negociando propinas.
Na segunda-feira (15), Bruno Araújo participou da entrega do Residência São Benedito, em Várzea Grande, quando garantiu que daria todo apoio para Mato Grosso conseguir um financiamento de R$ 800 milhões para terminar o VLT, após homologação de acordo entre o Governo e o Consórcio VLT Cuiabá ser homologado pla Justça.
O governador Pedro Taques já enviou para Assembleia Legislativa o projeto de lei com pedido de autorização para contrair o empréstimo junto a Caixa Econômica Federal. Caso seja aprovado, ainda é necessária a autorização da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e a liberação pela Caixa, instituições onde apoio políticos podem ser essenciais.
E o Aécio?
Uma das principais lideranças do PSDB em Mato Grosso, Wilson Santos afirmou que ainda faltam muitas informações sobre o suposto envolvimento de Aécio Neves em negociações de propinas. Segundo ele, é preciso ter cautela, mas tudo precisa ser esclarecido.
“As informações ainda são mínimas. Primeiro circulou que ele seria preso, depois não vai mais ser preso. Está tudo no começo. É preciso ter cautela”, ponderou.