Medeiros pede investigação sobre substituição do VLT por BRT

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O deputado federal por Mato Grosso, José Medeiros (Podemos), protocolou, na terça-feira (22), um pedido à Procuradoria-geral da República requerendo investigações sobre o recente anúncio do governador Mauro Mendes (DEM) que decidiu abandonar as obras do veículo leve sobre trilhos (VLT) e trocar o modal pelo ônibus de trânsito rápido, conhecido como BRT.

No documento, Medeiros relembrou que o VLT fazia parte do pacote de obras da Copa do Mundo de 2014. Incialmente, em 2011, o custo previsto para execução da obra era de R$ 700 milhões. Mas posteriormente um novo projeto corrigiu o valor para R$ 1,1 bilhão.

A licitação da obra veio a ocorrer em maio de 2012, e o valor de contrato subiu para R$ 1,4 bilhão e tinha como prazo de conclusão dezembro de 2013. Contudo, sete anos depois, a obra está parada, sendo que R$ 1,08 bilhão já foi pago ao Consórcio, mas nem um terço do modal foi concluído.

Diante do impasse que atravessou quatro governos, Mauro Mendes propôs a troca de modal como solução para o problema. O governador anunciou que o custo para o término da obra de VLT seria de mais R$ 763 milhões e demoraria 6 anos.

Segundo o deputado federal, a decisão do governador significa um desperdício de mais de R$ 1 bilhão que já foram destinados à execução da obra.

“A decisão do Governador de Mato Grosso em encerrar as obras do VLT significa um desperdício dos recursos públicos já empregados na construção deste modal. Afinal, mais de R$ 1 bilhão foi gasto. Mudar de modal a esta altura e implantar um BRT apenas geraria um novo gasto de recurso público, sem qualquer garantia de conclusão”, justifica o parlamentar.

“Por esta razão, a investigação de possível desvio de finalidade de uso de recursos públicos federais na obra do VLT se faz necessária. Não se pode aceitar que o dinheiro do povo seja desperdiçado dessa maneira e que Cuiabá continue a sofrer com um canteiro de obras inacabado no meio da cidade”, diz outro trecho do documento.

O pedido, assinado no dia 22 de dezembro, foi enviado ao procurador-geral Antônio Augusto Brandão Aras.

Fonte: Hipernotícias