Vereadora se diz ‘perseguida’ por ser amiga do governador e primeira-dama

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Novata na Câmara de Cuiabá, a vereadora Michelly Alencar (DEM), alegou que sua proximidade com o Governo de Mato Grosso tem sido o motivo de algumas “perseguições” que afirma estar sofrendo nos primeiros dias do mandato. Nas últimas semanas, ela se envolveu em polêmicas após ser acusada por compra votos e por tirar férias e viajar em janeiro, período em que boa parte dos parlamentares organiza a Casa para o início da legislatura.

Michelly justificou que adiantou todos os trabalhos do gabinete ainda em 2020 e que os dias de “folga” serão descontados de seu salário de R$ 18,9 mil mil como vereadora. Ela e os outros 24  parlamentares ainda têm direieto a uma verba indenizatória no mesmo valor para custeio de gastos relativos ao mandato e ao gabinete.

“Falaram das minhas férias porque eu tirei 10 dias. No entanto, nós estávamos trabalhando desde o ano passado, eu fiz todo o processo de transição, de contratação e as entrevistas para formar uma equipe bem comprometida. Janeiro é recesso, não tem movimentação no plenário e não temos sessões. Esses dias 10 dias que eu tirei, eu pedi que fossem descontados e mesmo assim ainda levei muita predada”, disse a democrata entrevista à Rádio Capital FM.

A parlamentar avaliou que virou “alvo” por ser um rosto novo no legislativo cuiabano e por ainda não “saber fazer o jogo político”. Outro motivo para as “pedradas”, em sua avaliação, seria sua amizade com a primeira-dama Virginia Mendes, e o governador Mauro Mendes (DEM), que foram seus principais cabos eleitorais na campanha de 2020.

“Isso faz parte do jogo da política, eu fiquei surpresa, mas a gente tem que estar preparada. Eu ouvi muito: Michelly, árvore que não dá fruto não leva pedrada. Eles precisam achar alguém para essa perseguição e não vai ser alguém que compactua tudo, vai ser alguém de fora. Eu acho que até fui a escolhida por conta da proximidade maior com o governo, mas estou muito tranquila em relação a isso”, complementou.

COMPRA DE VOTOS

Michelly também disse ter sido “injustiçada” com a denúncia ingressada pelo partido Partido Trabalhista Cristão (PTC), que o a acusa de ter comprado votos quando entregou sacolões para famílias carentes durante a campanha eleitoral em ação coordenada pela Secretaria Estadual de Assistência Social e Cidadania.

Na ação,os advogados apontaram que a vereadora possui vínculos estreitos com a igreja evangélica “El Shaddai Comunidade Cristã de Cuiabá”, e participa de projetos sociais, como o “Projeto Dê Coração” que tem parceria com o governo. Eles também sustentaram que Michelly é casada com o secretário adjunto de Esporte e Lazer do Estado, Jefferson Carvalho Neves, tendo como titular da Pasta o cantor Beto 2 a 1, presidente do DEM, “um dos homens de confiança do governador Mauro Mendes”.

“Nós já recorremos, mas eu me senti muito injustiçada com isso. Os sites tiveram acesso e eu que era a parte envolvida estava há quatro dias tentando acessar o processo através dos meus advogados sequer tinha conseguido a ação. As informações não condizem com a realidade, são informações extremamente inverídicas e fotos que não tem nada haver com a campanha. Eles citaram meu marido como presidente municipal do DEM, citam a primeira dama e coisas que não tem nada haver”, concluiu.

Fonte: Folhamax