O tenente coronel Fábio Souza Andrade, diretor da Agência Central de Inteligência (Daci) da Polícia Militar, afirmou ao HNT/HiperNotícias que desconhecia qualquer investigação que envolvesse os serviços de inteligência dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), conforme afirmaram os três policiais militares, após serem presos na terça-feira (18), durante a Operação Assepsia.
“A Diretoria de Inteligência da Polícia Militar não tinha conhecimento sobre essa situação que está sendo ventilada, veiculada na imprensa. Eu, como o diretor de Inteligência, afirmo que ninguém daqui sabia dessa situação que fora alvo de uma operação da Polícia Civil. Em hipótese alguma nós tínhamos conhecimento sobre isso”, disse o diretor à reportagem.
A suspeita surgiu após o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia e Bombeiro Militar de Mato Grosso (Assof-MT), tenente coronel Wanderson Nunes de Siqueira, divulgar uma nota alegando que os policiais Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Cavalhaes de Oliveira e o Denizel Moreira dos Santos Júnior teriam informado aos seus superiores sobre a tentativa de colocar celulares em uma cela de um membro de uma facção criminosa no dia 6 de junho.
A intenção, segundo os PMs presos, seria ouvir os detentos para impedir e descobrir novas ações criminosas que pudessem desencadear em Mato Grosso.
À reportagem, Andrade ainda acrescentou que desde o início de seu trabalho na diretoria nunca orientou que os seus subordinados fizessem esse tipo de trabalho.
“Nós não fazemos, não orientamos os nossos agentes de inteligência a fazerem isso [tentar entrar com celulares em presídio]. Nós procuramos trabalhar sempre dentro da legalidade, orientamos os nossos agentes a trabalhararem dentro do que preconiza a doutrina nacional de inteligência de Segurança Pública”, concluiu o coronel.
Prisões
Além dos policiais, foram presos o diretor da PCE, Revétrio Francisco da Costa e o subdiretor Reginaldo Alves dos Santos. Além deles, tiveram o mandado de prisão cumpridos os membros do Comando Vermelho, Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”, e Paulo César da Silva, o “Petróleo”.
O tenente Cleber está detido no 3º Batalhão da Polícia Militar. O subtente Ricardo e o cabo Denizel estão detidos no Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Fonte: Hipernotícias